domingo, 6 de maio de 2018

Opinião #27: Caçadores de cabeças, Jo Nesbo



Editora: Dom Quixote
Ano publicação: 2012
Nº páginas: 276 páginas 


Pontuação atribuída: 5 estrelas no Goodreads



Esta foi a minha estreia com Jo Nesbo. Optei por este livro por ser um standalone. Preferi pegar num livro único ao invés de começar a saga imensa do autor para primeiro compreender se a escrita me agradava.

Gostei muito do livro. É bastante intenso e surpreendente. É o que se quer neste tipo de livros e começo a partilhar da opinião de muitos de que os autores nórdicos dão cartas a este nível. 

Roger Brown é um caçador de cabeças, procura e selecciona altos quadros para empresas de topo. É um homem bem sucedido e extremamente manipulador e que nos é dado a conhecer como vilão porque, por trás dessa ocupação de sucesso, está o seu maior segredo, aquele que lhe permite manter um estilo de vida acima da média. Roger Brown é o cabecilha de um grupo que rouba obras de arte. 

Tudo é posto em risco quando, na sua vida, surge Clas Greve. Com ele vêm uma série de apuros. Homicídios, perseguições e fugas que me prenderam completamente. Adoro este tipo de livros e a sensação que um bom livro do género me causa. Não foi possível dar-lhe menos de 5 estrelas. Futuramente quero começar a saga do autor e, sinceramente, espero que não me desiluda. 

Alguém por aqui já leu algo do autor? Quais as vossas opiniões?

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Opinião #26: Louca por compras, Sophie Kinsella


Editora: Editorial Presença
Ano: 2008
Nº páginas: 324 páginas 
Pontuação atribuída: 3 estrelas no Goodreads


Becky é uma mulher fútil, gastadora e inconsequente. Adora compras, como a maior parte das mulheres, e não resiste a um bom achado nos saldos ou a uma boa pechincha, por mais que, aos olhos dos outros, possa não ser assim um negócio tão proveitoso. Compra nem necessitar. Compra por gosto em comprar, porque gosta de ter. No entanto, ao longo do livro, revela-se uma mulher inteligente e bem sucedida (embora, um tanto ou quanto, sem querer). 

É um livro extremamente bem disposto e, embora por vezes algo surreal, não deixa de retratar uma realidade que até pode ser bastante verídica. Por várias vezes já tinha ouvido tecer elogios da autora e, agora, consigo compreender porquê. Obviamente, não lhe peguem se estão à procura de uma obra prima da literatura porque não é disso que se trata. É como já disse um livro bem disposto com passagens muito divertidas e que nos coloca um sorriso nos lábios. Foca também os aspectos dos relacionamentos e do interesse subjacente que a protagonista julga ter. Rebecca quer à força toda arranjar um homem rico que lhe proporcione um outro nível de vida. O nível de vida que ela tem sem ser possível e que faz com que acumule créditos atrás de créditos. Contudo, o amor acaba por lhe bater à porta e o seu príncipe encantado está onde ela menos espera. 

Como muitos outros, este livro já morava cá em casa há vários anos. Peguei-lhe graças ao projecto que a Dora criou no mês de Abril e que consistia em ler livros de chick/lad lit. Terminei-o no início de Abril mas acabei por o incluir nesse projecto atribuindo-lhe a #chickladlit.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Opinião #25: Jane Eyre, Charlotte Bronte


Editora: Publicações Europa-América
Ano 1ª publicação: 1847
Nº páginas: 507 páginas 
Pontuação atribuída: 4 estrelas no Goodreads


Trata-se, como é bem sabido, de um clássico da literatura inglesa escrito no século XIX por uma das irmãs Bronte. Já há muito tempo que lhe queria pegar. Foi a minha primeira incursão nas obras quer de Charlotte Bronte quer de qualquer umas das suas irmãs. Quem já leu mais alguma coisa delas, comente se fiz bem em começar com este ou se devia ter pegado em outra obra primeiro. 

Acabei por ler este livro durante o passado mês de Março e peguei-lhe graças ao Clube dos Clássicos Vivos

Certamente que é uma história bem conhecida de todos e muitas vezes tida como auto-biográfica. O livro narra a história da menina Jane Eyre, uma orfã que, praticamente desde sempre, foi crescendo sem afectos. São relatados vários momentos da sua vida até à fase em que se torna preceptora de uma menina francesa que está aos cuidados de Mr.Rochester. Jane apaixona-se pelo patrão e é correspondida mas o que seria uma história de amor sem o seu quê de dramatismo? O percurso de ambos não se antevê nada fácil muito em parte graças ao segredo mais bem escondido na mansão de Thornfield Hall. Várias são as inquietações internas que movem a protagonista e muitas são as suas lutas contra os seus próprios princípios. Não deixa de ser uma heroína que na minha opinião tinha por objectivo retratar uma mulher forte e destemida que, de algum modo, conseguiu vencer na vida.

Eu gostei do livro. Não me decepcionou mas também não me deixou totalmente maravilhada motivo pelo qual acabei por lhe atribuir as 4 estrelas no Goodreads. Consegui sentir algum apreço por algumas das personagens mas, por vezes, não pude deixar de achar a própria Jane um pouco pãozinho sem sal, como se costuma dizer. É uma boa leitura que nos permite também ter consciência de como era a vida na sociedade inglesa durante a época o que me agrada particularmente.