Editora: Colecção Mil folhas Público
Ano publicação: 2003
Nº páginas: 276 páginas
Pontuação atribuída: 5 estrelas no Goodreads
Numa civilização do futuro, um regime totalitário está determinado a garantir a "felicidade" dos seus súbditos proibindo severamente a posse e a leitura de livros. Quem quer que seja apanhado na sua posse é preso, e os livros e a sua casa queimados pela Vigília do Fogo, que mais do que apagar, ateia incêndios.
Montag, anteriormente um zeloso executor, começa gradualmente a nutrir dúvidas sobre o seu trabalho e sobre as suas convicções.
Estava desaparecida desde Setembro mas achei por bem vir partilhar uma excelente leitura que fiz. Está bem quentinha na minha memória dado que a terminei hoje de manhã.
Trata-se de um livro bem conhecido do grande público sendo encarado como clássico de ficção científica, tipo de leitura que, habitualmente não faço.
É um livro amado por uns e não apreciado por muitos. Eu, como podem ver pela classificação que atribuí no Goodreads, amei.
Sendo eu uma amante de livros e pensando que são esses mesmos livros que nos enriquecem um pouco mais enquanto seres humanos, não consigo conceber uma sociedade sem livros. Muito menos uma sociedade que acha que os livros são um obstáculo à felicidade. Estes pressupostos do livro vão totalmente contra a minha visão das coisas. Talvez tenha sido por isso mesmo que gostei tanto do livro. Ele fez-me reflectir e, em certos aspectos, incomodou-me.
Para além disso, surgem os bombeiros e os polícias como pessoas temidas por todos dado que tentam cumprir as indicações de que ninguém pode ter livros em sua pose. Os primeiros fazem o oposto do que fazem na nossa sociedade. Em vez de apagarem, ateiam fogos.
O personagem principal, Montag, é bombeiro tendo sido extremamente interessante acompanhar a sua revolta contra a profissão e contra o próprio sistema.
Gostei muito do livro e admiro realmente a capacidade destes autores para terem estas ideias.
