Editora: Dom quixote
Ano publicação: 2002
Nº páginas: 446 páginas
Pontuação atribuída: 4 estrelas no Goodreads
Uma saga de ambição e
sede de poder. Romance póstumo do autor de O Padrinho. A família agora
chama-se Bórgia, estamos no renascimento, a Peste Negra abala a Europa,
mas nas cidades as artes, as letras, a ciência conhecem um novo
esplendor. Em Roma, Alexandre VI, o Bórgia, assume o papado, e com ele
chega uma nova e faustosa etapa no poder papal. A corrupção contamina a
Igreja. Os altos dignitários eclesiásticos visitam os bordéis e mantém
várias amantes, aceitam subornos, vendem bulas.O retrato de uma época de
fausto e decadência, de ambição e corrupção, de uma família (o Papa
Bórgia e os seus filhos César, João, Lucrécia e Godofredo) que
conquistou o mundo, mas que pagou um alto preço por isso.
Li este livro na sequência do projecto Historiquices da Elisa (A miúda Geek). Abril era o mês dedicado a Lucrécia Bórgia uma personalidade que me suscitava alguma curiosidade. Já foi tarde que me dei conta de que este livro de Mário Puzo era sobre a família Bórgia e de que, curiosamente, existia na biblioteca da minha cidade. Assim sendo, comecei esta leitura em Maio e terminei em Junho. É um livro complexo que merece que lhe seja dedicado algum tempo. Nota-se que tem por trás imensa pesquisa, imenso estudo. É um livro para ir lendo e saboreando aos poucos.
Contextualiza-nos historicamente toda a época do Renascimento e dá-nos a conhecer os excessos do papado de Alexandre VI, o papa Bórgia. Fala-nos de conflitos de interesses, jogos políticos, casamentos de conveniência e "guerras" entre membros da mesma família.
Nisto tudo, não consegui deixar de ver Lucrécia Bórgia com um mero peão no jogo movido pelo pai e pelos irmãos. Uma mulher que casou por diversas vezes. Casamentos combinados pelo pai, tendo por base interesses políticos sempre justificados pelo bem da igreja católica.
O livro acaba por não ser todo ele dedicado a Lucrécia Bórgia. Pelo contrário, acabei por ficar com a sensação que dava maior relevo a César Bórgia e ao próprio papa Alexandre VI. No entanto, gostei bastante do livro e conto ler outros livros do autor nomeadamente um dos mais conhecidos e afamados, O padrinho. Sobre os Bórgia e, mais especificamente sobre Lucrécia vou, sem dúvida, procurar saber mais seja através de livros e/ou séries/filmes existentes.
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