Este ano
tenho feito várias leituras dentro da temática do holocausto. Confesso
que era um tema sobre o qual pouco ou nada lia mas, ao começar a ver vídeos de
diversas meninas do Booktube que lêem bastante sobre o mesmo, nomeadamente a
Dora do canal Books and Movies, a minha curiosidade começou a crescer
conjuntamente com a vontade de saber mais sobre as atrocidades cometidas.
Editora: Oficina do livro
Ano publicação: 2016
Nº páginas: 268 páginas
Pontuação atribuída: 4 estrelas no Goodreads
O rapaz e o pombo foi lançado em Outubro do
ano passado sendo um livro de ficção, baseado em factos verídicos. A sua
autora, Cristina Norton, nasceu na Argentina em 1948 mas reside em Portugal há
mais de 40 anos. Tem vários títulos publicados.
O
livro tem uma escrita simples e é de fácil leitura sendo, a maior parte
do tempo, narrado pela voz de um menino judeu que conta a história pela
qual a sua família e as pessoas com as quais se cruza passaram. A sua
família tinha uma vida desafogada, por assim dizer. O seu pai era um
médico respeitado e a sua mãe era enfermeira. Não obstante as suas
profissões e os feitos que realizaram ao longo da sua vida, eram judeus
e, no regime hitleriano, passaram a ser tratados como tal.
O livro tem uma escrita simples e é de fácil leitura sendo, a
maior parte do tempo, narrado pela voz de um menino judeu que conta a história
pela qual a sua família e as pessoas com as quais se cruza passaram. A
narrativa decorre de 1930 a 1058 e passa por diversos países e diversos
continentes. Cruza várias personagens e várias histórias. A meu ver,
demasiadas, porque uma das coisas que não gostei, tem a ver com o facto de ter
sentido uma falta de ligação entre os diversos capítulos e as diferentes
personagens.
"Não o podiam misturar com os malfeitores, os gatunos de faca no cinto, os proxenetas, os bêbados e até os drogados, não porque ele fosse um senhor educado, mas porque na nova escala social estava muito abaixo daquela escumalha. Tinha deixado de ser uma pessoa, era uma coisa abjecta, uma peça, algo sem valor, nem humano nem material, um objecto sem alma."
A
narrativa decorre entre 1930 a 1058 e passa por diversos países e
diversos continentes. Cruza várias personagens e várias histórias. A meu
ver, demasiadas. Uma das coisas que não gostei, tem a ver com o facto
de ter sentido uma falta de ligação entre os diversos capítulos e as
diferentes personagens.
Não sendo eu uma pessoa que já tenha lido muito sobre o tema, senti que a autora quis abordar vários factos ocorridos, fazendo-o de forma muito subtil e, por vezes, pouco estruturada. Fala por exemplo, do Dr. Mengele e dos seus experimentos. Efectivamente, este é um assunto sobre o qual gostaria de saber mais mas, não foi com este livro que essa minha vontade ficou satisfeita.
Não obstante as coisas que não apreciei, não deixa de ser um bom livro. Recorda-nos factos da nossa história que continua a ser difícil de acreditar que ocorreram sendo também muito difíceis de narrar. Factos que nos avivam a memória relativamente à má índole e crueldade que o ser humano pode ter para com os da sua própria espécie. Fala-nos de discriminação, crueldade e tortura. De factos que não podem ser abordados de ânimo leve. Fala de deixar de ter a nossa própria identidade para, devido às nossas crenças religiosas, sermos marcados e tratados como objectos.
Não sendo eu uma pessoa que já tenha lido muito sobre o tema, senti que a autora quis abordar vários factos ocorridos, fazendo-o de forma muito subtil e, por vezes, pouco estruturada. Fala por exemplo, do Dr. Mengele e dos seus experimentos. Efectivamente, este é um assunto sobre o qual gostaria de saber mais mas, não foi com este livro que essa minha vontade ficou satisfeita.
Não obstante as coisas que não apreciei, não deixa de ser um bom livro. Recorda-nos factos da nossa história que continua a ser difícil de acreditar que ocorreram sendo também muito difíceis de narrar. Factos que nos avivam a memória relativamente à má índole e crueldade que o ser humano pode ter para com os da sua própria espécie. Fala-nos de discriminação, crueldade e tortura. De factos que não podem ser abordados de ânimo leve. Fala de deixar de ter a nossa própria identidade para, devido às nossas crenças religiosas, sermos marcados e tratados como objectos.
"Para completar aquilo a que a minha irmã chamava o nosso «anonimato», deixámos de ter um nome e um apelido e passámos a ser chamados pelo número que eles gravaram no antebraço de todos."
"(...) o que magoou foi deixar de ouvir o meu nome e ter de responder às várias chamadas que faziam por dia, para verificar se ainda estávamos lá, repetindo o meu número como se tivesse deixado de ser um rapaz e fosse mais um objecto nas prateleiras de um armazém."
Quero ler este livro!! Sobre o temo li este ano O Rouxinol e adorei...um dos meus favoritos!!
ResponderEliminarJá ouvi várias opiniões sobre O rouxinol e também fiquei bem interessada em ler =)
EliminarO Holocausto é um tema que eu gosto, mas só li segundo a perspectiva histórica e nunca em ficção. Gostei da sinopse, obrigado pela sugestão :)
ResponderEliminarBitaites de um Madeirense
Até ao início deste ano também só tinha lido O diário de Anne Frank.
EliminarMas este ano já fiz algumas leituras dentro do tema. É sempre bastante pesado mas não deixa de ser bastante interessante.