sábado, 2 de setembro de 2017

Opinião #9: Cleo, Helen Brown






Editora: Caderno
Ano publicação: 2009
Nº páginas:  350 páginas
Pontuação atribuída: 4 estrelas no Goodreads



"O toque de uma pata pode fazer mais do que aspirina."






Tenho uma cadela que, aliás, está na foto. Uma cadela que amo e que faz parte da família. Nunca fui uma pessoa especialmente dada a cães ou a qualquer outro tipo de animais. Tenho inclusivamente alguns medos. No entanto, a minha cadela conquistou-me e mudou muitas das minhas opiniões e da minha maneira de estar quer em relação a cães quer a outros animais. Foi uma colega que tem gatos que me recomendou este livro e que acabou por me emprestá-lo. 

E que posso eu dizer após tê-lo lido? Adorei a história. Tocou-me completamente. É uma história verídica com a qual não nos podemos deixar de relacionar em um ou outro aspecto. É escrito por uma jornalista que em tempos escreveu crónicas e adorei a sua narrativa. Tem passagens lindas e emocionantes. E, em oposição, tem outros momentos mais leves e divertidos. 

É um livro sobre relações entre humanos e animais. Um livro que nos faz ver o quão perspicazes conseguem ser os animais. Muitas vezes mais do que os próprios humanos. De tal forma que conseguem tornar algumas das dores destes menos acentuadas, trazendo um pouco de cor às suas vidas. Foi o que aconteceu entre Helen e Cleo. Uma relação que, à partida, teria tudo para estar condenada, transformou-se numa bonita amizade. Uma amizade que acompanhou os altos e baixos da vida de Helen partilhando lágrimas e gargalhadas. É um livro simples e bonito que aconselho a toda a gente porque, muitas vezes, não somos nós humanos que salvamos os animais mas são eles que nos salvam a nós.


"Na sua maioria, os dias são quase todos tão idênticos que os esqucemos quase antes de o Sol acabar de se Pôr. Milhares de dias dissolvem-se uns nos outros, transformando-se em meses e anos. Deslizamos através do tempo à espera que cada dia seja tão previsível como o anterior. Embalados por rotinas que envolvem os mesmos cereais ao pequeno-almoço, deixar as crianças na escola e ver os mesmos rostos familiares, estamos de tal forma anestesiadas que acreditamos que as nossas vidas continuarão imutáveis para sempre."

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