Ano: 2017
Género: Biografia, Drama, Histórico
Duração: 1h56m
Director: Steven Spielberg
Com: Tom Hanks, Meryl Streep, Sarah Paulson
Em noite de Óscares, venho deixar a minha opinião sobre um filme que vi há relativamente pouco tempo e que tem algumas nomeações para este ano. Não tenho muito o hábito de ir ao cinema mas, assim que vi o trailer deste filme, vi o elenco e soube que estava nomeado para algumas categorias, quis ir ver. Fui ver ao cinema e não me arrependo nem um bocado. Certo é que, nos últimos tempos, dou por mim a gostar cada vez mais deste tipo de filmes baseados em factos verídicos muito em parte por reconhecer aquilo que eles me conseguem ensinar.
Neste filme, fala-se da exposição por parte da imprensa de documentos governamentais que abrangem três décadas e quatro presidentes dos EUA.
Kat (Meryl Streep) é a dona do The Washington Post um jornal que está a viver uma crise financeira e que luta por novos apoios. Uma publicação que passa a ser representada na bolsa de valores e que tem grandes ambições quanto a isso. Kat sempre representou o papel que lhe estava destinado enquanto mulher da alta sociedade. Quando o seu pai abandona a direcção do jornal, é o genro, marido de Kat que o substitui. Katherine geria os empregados da casa, dava festas e vestia-se de forma irrepreensível. Isto até o marido morrer. Nesse momento, ela ocupa o lugar que era seu por direito. Fá-lo de um modo um pouco inseguro e tem que lidar com uma série de homens que a julgam perfeitamente incapaz e que se tentam sobrepor a ela. Acontece que Katherine é uma mulher integra e que está disposta a tudo para ver renascer e para fazer crescer o jornal. Vê na divulgação de documentos que comprometem alguns políticos a oportunidade perfeita. Sabe que tem que o fazer para benefício do público mas, por outro lado, pessoas das suas relações íntimas, sairão prejudicadas. Faz a sua escolha e a consegue, pouco a pouco, conquista o seu espaço e fazer com que a sua voz seja ouvida.
Tem a seu lado o editor Ben Bradlee (Tom Hanks) um homem que quer vencer. Juntos, comprometem as suas carreiras e travam uma luta a favor da liberdade de imprensa e da defesa dos direitos dos leitores.
Paralelamente, há a questão do papel da mulher enquanto trabalhadora com direitos e deveres iguais aos dos seus pares do sexo oposto. Uma realidade que, mesmo nos dias que correm, sabemos ser por vezes desrespeitada.
É um filme que me fez reflectir sobretudo em relação ao papel da mulher e do qual gostei bastante. Recomendo a toda a gente embora, na minha opinião, não seja vá ser dos grandes vencedores da noite.
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