"... José Franco artista do
barro e da vida...
... um grande homem do povo...
... um português que nasceu com
o dom misterioso da beleza e a
distribui como um bem de todos..."
Jorge Amado
Na pequena localidade do Sobreiro, entre a Ericeira e Mafra, localiza-se a Aldeia-Museu José Franco, Aldeia Típica de José Franco, Aldeia Típica do Sobreiro ou simplesmente Aldeia Saloia.
Esta aldeia foi criada pelo oleiro, ceramista e escultor José Franco (1920-2009). Filho de um sapateiro e de uma vendedeira de loiça de barro.
A pequena localidade do Sobreiro era um importante centro oleiro e José Franco foi aprendendo o oficio ainda em criança iniciando a actividade aos 17 anos de idade, reactivando a antiga olaria pertencente ao seu avô.
Fig. 1: Oleiro José Franco. |
Foi nos anos 60 que o oleiro resolveu criar uma aldeia etnográfica que reflectisse as suas memórias de infância e o viver das gentes da zona. Chegou a ser condecorado pelo presidente Ramalho Eanes com a comenda de cavaleiro de São Tiago.
Fig. 2: Aldeia Típica de José Franco. |
Esta pequena aldeia com cerca de 2.500 m2 é hoje visitada por milhares de pessoas que podem ver réplicas à escala de muralhas de castelos, moinhos, um parque infantil, uma adega onde se pode provar o vinho da região e uma padaria onde se pode degustar um delicioso pão com chouriço. Existe também um parque infantil, um restaurante e uma loja de artesanato.
A visita a esta aldeia é uma memória muito querida que tenho da minha infância. Ali passei não só com os meus pais como também com os meus avós. Sempre me recordo de ali comer o belo do pão com chouriço e ver, sempre com bastante curiosidade, todas as "casinhas".
Esta última visita teve um sabor especial porque a acompanhar-me ia o meu marido (que nunca lá tinha ido) e a minha pequena bebé. Foi uma visita deliciosa. E, para além de ser muito bom apreciar o trabalho do oleiro José Franco, foi óptimo ter a experiência de ver um senhor a trabalhar na sua arte. De uma simpatia imensa, prontificou-se logo a mostrar como se fazia uma rosa em barro e, no final, acabou por nos oferecer a rosa que tinha feito. Super atencioso.
De destacar que, desde sempre, a entrada na aldeia é feita de forma gratuita.
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