quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Opinião #2: Perguntem a Sarah Gross, João Pinto Coelho






Editora: Dom Quixote
Ano publicação: 2015
Nº páginas: 448 páginas
Pontuação atribuída: 4 estrelas no Goodreads




Este foi o primeiro livro lido para o projecto #HOL72 e para o Leituras do Holocausto II. Ambos os projectos decorrem durante todo o mês de Janeiro. O primeiro está a ser organizado pela Dora do canal de youtube Books and Movies e o segundo é dinamizado pelo grupo do Goodreads: Maratonas, Desafios e Leituras conjuntas.

Este livro foi o primeiro escrito pelo autor e foi um dos finalistas ao Prémio Leya do ano 2014.
Nele é relatada a história de Sarah Gross e de Kimberly Parker. Esta última é uma professora que dá uma volta à sua vida quando decide leccionar em St. Oswald's, um colégio elitista nos EUA cuja directora é Sarah Gross, uma mulher envolta em mistério. Entre ambas surge uma amizade inesperada que é abalada por um acontecimento surpreendente e trágico. Após isto, o curso da história acaba por ir da América dos 60 à Polónia do período da perseguição à comunidade judaica.


" Não se viam árvores e os únicos vestígios de vida chegavam
 pelo som que centenas de pés cansados arrastavam no pó do chão." 
Um livro que me deixou a pensar...


"Como se contam as horas quando o tempo 
só promete somar dores às dores sentidas?" 

Muito bem escrito e estruturado. Nota-se que tem por trás uma grande investigação por parte do autor. Surpreendente para primeira obra literária de João Pinto Coelho.

Efectivamente, é um livro sobre o holocausto mas, na minha opinião, foca sobretudo as relações humanas. Também não deixa de ter o seu quê de suspense dado aos acontecimentos surpreendentes que ocorrem no colégio onde decorre grande parte da acção.

Não é de todo uma temática que costume habitar as minhas leituras. Não obstante esse facto e, comparativamente com os poucos livros que já li sobre o holocausto, este livro não se esmiúça em pormenores sobre o ocorrido. Essa é uma parte da história que acaba por se interligar com o restante.

Foi uma leitura que me demorou algum tempo a concluir mas, as últimas páginas foram rapidamente devoradas com alguma curiosidade e surpresa.


"Distinguiam-se uns aos outros pelo número tatuado no braço; 
distinguiam-se a si mesmos pela memória dos tempos em que tinham sido pessoas."

1 comentário:

  1. Eu gostei deste livro mas não adorei.
    Está muito bem escrito mesmo, concordo contigo.
    Obrigada pela tua participação!

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