quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Opinião #32: Quando Hitler me roubou o coelho cor-de-rosa, Judith Kerr


Editora: Caminho
Ano publicação: 1997
Nº páginas:  248 páginas 
Pontuação atribuída: 5 estrelas no Goodreads



Janeiro é mais uma vez um mês dedicado a leituras sobre o Holocausto. De há um tempo a esta parte, vem sendo hábito a Dora Santos Marques organizar este seu projecto que este ano adquire o nome #HOL74 dado fazer 74 anos desde a libertação de todos os presos dos campos de concentração. 

Já há muito tempo que queria ler este livro mas, de uma forma ou outra, ia adiando a sua leitura. Contudo, este foi o ano. 

Trata-se de um livro infanto-juvenil que está incluído no Plano Nacional de Leitura como sugestão para os alunos do 3º ano de escolaridade. É de fácil leitura e lê-se bastante rápido. No entanto, não deixa de ser impactante. É um livro inspirado na história de vida da própria autora e isso acaba por torná-lo ainda mais rico. Para além disso, saber que estas coisas aconteceram na realidade, é realmente tocante.

Aqui é-nos contada a história de uma menina de 9 anos chamada Anna e da sua família (pai, mãe e irmão). Decorre o ano de 1933 e Hitler é eleito. Tudo muda na sua Berlim natal  e inclusivamente no próprio continente europeu. O seu pai, inteligentemente, antecipa essas mudanças e faz com que a sua família vá para fora da Alemanha. Enquanto judeus, acaba por ser isto que os salva.

Ao longo dos anos, passam por vários países. Suiça, França e por fim, Inglaterra. A sua vida muda radicamente e, mesmo aos olhos de crianças que são, deparam-se com vários desafios e são confrontados com inúmeros obstáculos. De repente parace que deixaram de ter algum local que verdadeiramente pudessem chamar de casa, a sua pátria foi-lhes retirada. Deixaram de ser bem aceites em qualquer lado para onde vão.

É a perspectiva tão inocente de uma criança que a meu ver faz com que o livro seja original e comovente. Por vezes, a autora acaba por introduzir uns toques de humor que fazem com que certos temas não sejam abordados de forma tão pesada digamos assim.

É uma outra perspectiva sobre aquilo que foi o holocausto e o impacto que teve na vida de milhões de pessoas não se limitando aquelas que infelizmente, acabaram em campos de concentração. 

Não consegui deixar de dar-lhe 5 estrelas. É uma pontuação mais que justa para um livro que devia ser leitura obrigatória para toda a gente. 




terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Opinião #31: Tríptico, Karin Slaughter


Lido em E-book

Pontuação atribuída: 5 estrelas no Goodreads


Três pessoas com segredos perturbadores.
Um assassino sem nada a perder.

Isto é um pouco do que nos é revelado na sinopse. Trata-se do primeiro livro da saga Will Trent, um agente especial do Georgia Bureau of Investigation que aqui nos é apresentado pela autora. Também ele tem alguns segredos em relação ao seu passado e às relações que pautaram o mesmo. Algumas coisas são-nos reveladas neste primeiro livro da série mas penso que ainda há muito para descobrir em relação a esta personagem. 

O livro começa com o homicídio extremamente violento de uma prostituta em que Michael Ormewood, detective da Polícia de Atlanta é chamado a intervir. O corpo da mulher encontra-se  mutilado e o crime tem contornos de malvadez. Surge uma ligação a um crime ocorrido há bastante tempo e é aqui que a acção vai alternando entre o presente e o passado. 

Will Trent é chamado a intervir e a colaborar com Michael Ormewood o que não parece ser do agrado de nenhum deles. O primeiro não empatiza minimamente com Michael e acha que há qualquer coisa de estranho no seu comportamento. O segundo vê a intervenção de Trent como uma intromissão no seu trabalho, uma forma de exercer controlo.

Mais tarde surge uma outra personagem masculina, Jonathan Shelley. Um homem na casa dos 30 que, aos 15 anos, foi condenado à prisão pelo homicídio de uma outra adolescente que era sua coleha de escola. No presente este homem está em liberdade condicional e tenta reintegrar-se na sociedade, enfrentando os desafios com que se depara. 

Existe ainda uma outra personagem que considero importante para a acção. Trata-se de uma outra detective da polícia de Atlanta que trabalha como infiltrada numa rede de combate à prostituição. O seu nome é Angie.

As histórias de todas estas personagens vão-se cruzar e o que à partida nos parecia que ia decorrer de um modo, acaba por seguir outro caminho distinto. Não posso contudo dizer que a revelação surja  no final do livro. Penso que propositadamente a autora, acaba por nos dar essa informação talvez a pouco mais de meio da narrativa mas isso não contribuiu para que eu gostasse menos do livro. Pelo contrário, foi uma leitura que gostei muito de fazer e que não consegui parar. Foi viciante. 

Dou por mim a pensar que este género de livros acaba por ser cada vez mais do meu agrado. Não conhecia a autora embora seja o segundo livro que li dela. O que me motivou a lê-la foram as opiniões positivas da Dora Santos Marques e o #projectokarinslaghter organizado pela Dora e pela Maria João Covas. Este foi o livro escolhido para o mês de Janeiro e em Fevereiro, iremos continuar com a saga Will Trent. Vamos ler o segundo livro, "Fracturado". A leitura começa no final desta semana e já estou empolgada. 

E vocês, já leram alguma coisa da autora? Gostam deste género literário ou não vos diz nada?




sábado, 19 de janeiro de 2019

Opinião #30 : O filho das sombras (#2 Trilogia Sevenwaters)






Editora: Bertrand Editora
Ano publicação: 2002
Nº páginas: 462 páginas 
Pontuação atribuída: 5 estrelas no Goodreads



Trata-se do segundo volume da Trilogia Sevenwaters. Esta é uma série de fantasia baseada na cultura celta e que nos trás a história de uma família muito ligada à natureza e aos seus elementos em particular à floresta de Sevenwaters.

Não é de todo, um género que eu esteja acostumada a ler mas, estou a gostar cada vez mais desta trilogia talvez devido à própria escrita da autora. Sem dúvida que vou querer continuar com estes livros.

Neste volume, a autora centra-se na história de Liadan, uma das filhas de Sorcha (personagem principal no primeiro volume da trilogia). Liadan, herdou algumas capacidades que a mãe detinha particularmente, capacidades curativas e espirituais. É aqui que estas capacidades se irão desenvolver e Liadan irá aprender a lidar com elas ao mesmo tempo que descobre o amor, onde menos espera.

Talvez seja também essa parte do romance que a autora incluiu em ambos os volumes da saga que me captiva mas o certo é que começo a estar bastante envolvida nesta trama familiar, a ter preferências em termos de personagens e quase que a desejar que a vida lhes corra de feição.

Não vou querer revelar muito mais sobre a obra para não levar a spoilers em relação a este e ao primeiro volume mas, na minha opinião, é uma história que irá encantar não só os fãs confessos de fantasia mas também aqueles que, como eu, procuram a medo descobrir este género literário.




sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Opinião #29: Coisas que uma mãe descobre, Filipa Fonseca Silva

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Editora: Bertrand Editora
Ano publicação: 2015
Nº páginas: 152 páginas 
Pontuação atribuída: 5 estrelas no Goodreads



Ultimamente e atendendo à fase pessoal em que me encontro, dou por mim a ler vários livros sobre maternidade. Deparei com ele numa das bibliotecas que frequento. De alguma forma, acabou por me chamar a atenção e resolvi trazê-lo para casa. 
Acabei por descobrir que a autora é minha conterrânea e já teve um livro sobre a entrada nos 30 anos no Top 100 da Amazon. Sem dúvida que o pretendo ler até porque também está na biblioteca.

Gostei muito deste livro e acabei por lhe dar a pontuação máxima no Goodreads. É um livro simples e bem-disposto. Retrata com algum humor episódios da vida da própria autora que poderiam ser episódios na vida de tantas de nós que somos mães e que, em tempos estivemos grávidas. 

São sobretudo, situações que a grande maioria de nós não admite, por se tratarem de coisas que trazem uma imagem menos cor-de-rosa daquilo que é a gravidez e a maternidade. No entanto, acaba por haver uma identificação com esses aspectos que fazem de nós meros seres humanos que, pelo menos, por um par de vezes, desejámos desaparecer da confusão que a nossa casa e até a nossa vida se pode tornar.

Resolvi inclui este livro como leitura para o The Bibliophile club dado que, em Janeiro, era esperado que lêssemos um livro de não-ficção/auto-ajuda. 



quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Novo ano, novos projectos literários

Com o final de 2018 e o início de 2019, fui tendo vontade de me juntar a alguns projectos e também criar alguns pessoais. Neste post venho então partilhar convosco as minhas resoluções para o ano 2019. 

Defini dois desafios pessoais. Ambos transitam do ano passado dado que não consegui cumprir nenhum deles. Espero que seja agora!

Tenho então um desafio que tem a ver com umas listas que encontrei há imenso tempo na internet e que guardei nos meus ficheiros. Adoro listas literárias e criar objectivos para procurar completá-las. Esta lista em concreto tem a ver com 20 livros que todos deveríamos ler até aos 20 anos. Na realidade, são várias listas criadas por nove autores portugueses. Já passei a barreira dos 30 mas penso que nunca é tarde para tentar ler alguns livros que, na opinião destas mentes literárias, já deveria ter lido. 

Ora então o que é que eu fiz? Aleatoriamente, escolhi um livro das nove listas disponíveis. Eliminei, claro está, os livros que já tinha lido. Tal acabou por resultar nesta lista de livros para ler em 2019 os quais espero incluir em alguns outros desafios/maratonas.


Para além disso e pegando num projecto que a Elisa (A miúda Geek) tinha criado no ano passado e que me propus participar, mais uma vez sem sucesso, transita para este ano o projecto #Livroscom32anos. E livros com 32 anos porque é a idade que irei fazer em 2019. O projecto tem quatro categorias relacionadas com o ano de nascimento que, no meu caso, é 1987. As categorias são:

1. Vencedor Man Booker Prize: Uma história do mundo, Penelope Lively

2. Vencedor prémio Pulitzer Ficção: A summons to Memphis, Peter Taylor

3. Vencedor prémio Nobel da Literatura: Marca de água, Joseph Brodsky

4. Nascido em... 25 de Junho (para esta categoria vou fazer uma pequena batota dado que não encontro nenhum autor que me interesse em particular e que tenha nascido no mesmo ano que eu. Escolhi então um autor que nasceu no mesmo dia que eu, 25 de Junho): Rio das flores, Miguel Sousa Tavares

Em termos de desafios anuais criados por outras pessoas, quero mais uma vez participar no Ultimate Popsugar Reading Challenge 2019 e espero conseguir participar de forma regular nos desafios: #Lusiteratura criado pela Patrícia Rodrigues; no The Bibliophile Club e no Ano colorido da Beabooks

Em Janeiro, no #Lusiteraturas devemos ler um livro de categoria livre. Quero ler o livro de poesia Clepsidra de Camilo Pessanha para assim também ler um dos livros do meu Desafio pessoal 2019. 

Para incluir no #anocolorido, comecei ontem, em leitura conjunta com várias meninas, o livro Shirley de Charlotte Bronte dado que, apresenta a cor branca na capa. 

No The Bibliophile club, Janeiro é o mês de ler não-ficção/auto-ajuda. Já consegui completar este desafio logo nos primeiro dias do ano ao ler o livro Coisas que uma mãe descobre de Filipa Fonseca Silva. 


Penso estar a ser demasiado ambiciosa dado que 2019, prevê ser um ano de grande mudanças ao nível da minha vida pessoal mas, vamos ver como corre.

E vocês, em que desafios estão a pensar participar? Contem-me tudo...

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Wrap up: Christmas in the books 2018













De 24 de Novembro de 2018 a 6 de Janeiro de 2019 decorreu mais uma edição do Christmas in the books organizada pela Patrícia Rodrigues e pela Isa na qual resolvi participar novamente. 

Este desafio literário consistia em completar o máximo das 7 categorias criadas pelas organizadoras. Estou bastante satisfeita comigo própria dado ter conseguido ler um livro para cada uma das categorias, perfazendo um total de 1697 páginas lidas. Deixo-vos as categorias e os livros que li para cada uma delas:

1. Árvore de Natal: Livro que tenha no título as letras da palavra NATAL.



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4 estrelas



2. Prendas de Natal: Um livro que oferecias a alguém.



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3 estrelas



3. Bolinhas: Um livro que tenha as cores da tua árvore de Natal. (Verde/Dourado)



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5 estrelas



4. Sinos: Um livro que se passe no Natal ou no inverno.



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3 estrelas



5. Candy cane: Um livro que te aqueça o coração.



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4 estrelas



6. Fitas: Escolhe o 25º livro da tua estante.



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4 estrelas



7. Luzinhas de Natal: Um livro de um autor que nunca leste.


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5 estrelas



Globalmente, fiz leituras muito boas situadas entre as 4/5 estrelas. O livro que gostei menos foi  O mistério de Natal de Jostein Gaader por, na minha opinião, ser demasiado repetitivo. 
Alguém leu algum destes livros? O que acharam?